para voce que gosta de rock e de variaçoes aqui tem coisas interessantes.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

led zeppelin

Em meados do ano de 1968 o rock passava por um período de mudanças fundamentais... o descompromisso do início dos anos 60 passava a dar espaço a músicas e letras mais elaboradas, representados entre outros pela banda Yardbirds, de Eric Clapton e Jeff Beck. Nesta época James Patrick Page era um guitarrista de sessão que já havia gravado com os Rolling Stones, The Who, Pretty Things, entre outros e foi chamado para substituir Eric Clapton quando este abandonou o Yardbirds (Eric Clapton viria mais tarde a formar o Cream). Foi a primeira vez que Page participou de uma banda de renome... mas o que viria depois iria ser muito mais importante...
No final de 1968 a banda Yardbirds se desfaz e Page trata de montar um novo grupo. Um amigo o leva a procurar Robert Plant, vocalista da pequena Band of Joy. Da Band of Joy vem também o baterista, John Bonham. Juntamente com Chris Deja. A banda resolve se chamar New Yardbirds. O baixista Chris Deja não se encaixa ao som da banda e é logo substituído por John Paul Jones, também músico de sessão, que já havia gravado entre outros com os Rolling Stones. Jones chegou ao New Yardbirds através de um anúncio em uma revista de música.
Obviamente o nome New Yardbirds não agradava. O baterista do the Who, Keith Moon, achou que a banda de Page era pesada e voava, e sugeriu o nome Lead Zeppelin (Zepelin de Chumbo). Mais tarde o nome foi mudado para Led Zeppelin a fim de que os norte-americanos não tivessem problemas com a pronúncia.
No início de 1969 a banda grava seu primeiro disco, auto intitulado Led Zeppelin. O som era bastante original... com raízes óbvias no blues, mas pesado de uma maneira geral. Agradou ao público, embora a crítica inglesa os tenha criticado muito. O destaque era a música Dazed and Confused, em que Page solava a sua guitarra com um arco de violino. Uma turnê americana se seguiu ao disco. Seria a prova de fogo para a banda. Começaram a turnê abrindo para bandas maiores e terminaram como atração principal dos shows.
O primeiro disco já havia levado a banda ao topo das paradas em todo o mundo, apesar de não terem sido lançados singles (isso revolucionaria o mercado musical dali para a frente, pois se passou a considerar mais importante cada disco como um todo ao invés de lançar as músicas separadamente em singles). Sem interromper as turnês a banda gravou ainda em 1969 o segundo álbum. Led Zeppelin II foi um sucesso de vendas ainda maior. Whole Lotta Love se tornou o primeiro grande hit da banda. Apesar de ser uma banda inglesa, só com o segundo disco a banda foi aceita na sua terra natal e desbancou os Beatles no gosto da crítica.
Em 1970 a banda tirou "férias" dos shows e se encerrou em uma cabana na escócia para gravar e compor o álbum mais acústico do Led Zeppelin. O nome da cabana era Bron-Y-Aur, que viria se tornar uma das músicas do disco. O disco Led Zeppelin III deixava claras as raízes da banda no blues e na música folclórica celta. O disco foi sem sombra de dúvidas diferente, mostrando muita musicalidade da banda, mas sem a emoção forte que era a sua característica. Foi um fracasso de vendas. Os shows da banda haviam se tornado verdadeiras demonstrações de resistência. Os improvisos que se seguiam a Dazed and Confused chegavam a durar mais de 45 minutos.
Em 1971 sairia o divisor de águas da carreira do Led Zeppelin, o álbum sem título, comumente chamado de Led Zeppelin IV. Entre outras músicas se destacou Stairway to Heaven, o rock mais executado e conhecido de todos os tempos (apesar de não ter sido lançado em single). Stairway to Heaven era uma mistura única de música acústica e rock pesado. A música Rock and Roll passou a ser a abertura dos shows da banda. O sucesso deste álbum foi tão grande que mentes doentes chegaram cogitar um pacto satânico da banda que haveria vendido suas almas em troca da fama.
Em 1973 o álbum Houses of The Holy decepcionou aos que esperavam outras músicas como Stairway to Heaven. Era um álbum mais denso e difícil de ser ouvido. A banda neste disco adotou influências de soul e reggae como pode ser facilmente observado na faixa Dyer Maker. Parte do público detestou. A música The Song Remains the Same viria a ser o título do vídeo sobre a banda. De uma forma ou de outra o Led Zeppelin continuava lotando estádios ao redor do mundo e vendendo discos como nenhuma outra banda de rock na época.
Em 1975 sai o álbum duplo Physical Graffiti, um álbum disperso e extenso demais. A única faixa a adicionar algo a sonoridade do Led Zeppelin foi Kashmir, que se tornaria uma das marcas registradas da banda. Logo após o lançamento de Physical Graffiti um acidente de carro com Robert Plant levou a banda a férias forçadas durante mais de um ano, em meio a boatos de dissolução.
O álbum Presence, lançado em 1976 é um reflexo da fase ruim por que passava o Led Zeppelin Nenhuma música se destacava. O cenário do rock mudava com o punk e o Led Zeppelin não conseguia mostrar criatividade. No meio da turnê que se segue, um novo acidente, a morte do filho de Plant, leva a banda a parar novamente. Neste intervalo foi lançado o vídeo The Song Remains the Same (no Brasil com o título ridículo de Rock é Rock Mesmo).
Em 1978 o álbum In Through the Out Door marcou a volta do Led Zeppelin aos estúdios e também aos palcos. Apesar da falta de novidades, a banda continuava a maior do mundo. Após uma reunião de planejamento da turnê americana, na casa de Jimmy Page, o baterista John Bonham morre sozinho em um quarto, em virtude de uma overdose de alcóol. A decisão de acabar com a banda foi aceita por todos os membros restantes.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

iron maiden uma das melhores bandas de rock /heavy metal.

Quando se pensa em heavy metal, logo vem à mente as bandas clássicas que consagraram este gênero musical, como o Iron Maiden, uma das bandas responsáveis pelo ressurgimento do ritmo depois da onda punk que tomou o mundo. O nome, que em português significa dama-de-ferro, foi inspirado em um instrumento de tortura utilizado na Idade Média.

A banda começou por iniciativa de Steve Harris, que antes do Maiden passou por várias outras bandas. A primeira formação era composta por Harris no baixo, Dave Murray na guitarra, Paul Di’Anno nos vocais e Doug Sampson na bateria.

Para o primeiro disco, agora pela gravadora EMI, Clive Burr substitui Sampson e o guitarrista Dennis Stratton entra para reforçar o som da banda. O álbum levou o nome do grupo e sua repercussão possibilitou que o Iron abrisse os shows do Kiss e do Judas Priest. Nesta época é criado o Eddie, mascote que ilustra os álbuns e os shows do grupo.

Após esta turnê, Stratton deixa seu lugar na banda para Adrian Smith e o Maiden grava, em 1981, o álbum “Killers”. Um ano depois, Di’Anno foi retirado da banda por causa do uso excessivo de drogas, o que começava a prejudicar o seu trabalho. Em seu lugar entra Bruce Dickinson, um dos grandes nomes do grupo. Neste mesmo ano, lançam “The Number Of The Beast”.

Os próximos álbuns, “Piece of Mind” e “Powerslave”, também emplacaram altos índices de venda e os clássicos “The Trooper” e “Two Minutes to Midnight”. Antes das gravações de “Piece of Mind”, Burr deixa a banda para a entrada de Nicko McBrian. 

“Somewhere in Time”, de 1986, e “Seventh Son Of A Seventh Son”, de 1988, trouxeram experimentos musicais através de guitarras sintetizadas. Algumas dos destaques são “Caught Somewhere In Time” e “Heaven Can Wait”.

Fechando a época chamada de anos dourados do Iron Maiden, e depois da substituição de Adrian Smith por Janick Gers, o próximo álbum que chama novamente a atenção é “Fear of The Dark”, de 1990. Este é um dos melhores álbuns da banda, além de ser marcado pela saída de Bruce, que ficaria seis anos afastado do grupo cuidando da carreira-solo.

Em 1999, após contar insatisfatoriamente com o vocal de Blaze Bayley, a banda acolhe Dickinson que volta para ficar e ainda traz Adrian Smith de volta à casa, sem tirar Janick Gers que entrou no lugar dele. Desta forma, o Iron Maiden estava novamente com a formação dos anos dourados e com um guitarrista a mais, dando um vigor extra às canções.

Para comemorar a reunião da banda, eles gravam o disco “Brave New World”. Neste trabalho o grupo acrescentou um pouco de metal progressivo ao heavy metal já conhecido, desagradando a alguns fãs e conquistando outros. 

Em 2002, o Iron Maiden vem ao Brasil e participa do Rock In Rio, gravando um CD e DVD ao vivo com o mesmo nome. No ano de 2003 é lançado “Dance of Death”, segundo álbum mais vendido no Reino Unido. Um ano depois, a turnê chegou até o Brasil e o álbum ao vivo “Death On The Road” é lançado, trazendo os melhores momentos de toda a turnê.

O próximo álbum, “A Matter Of Life and Death”, é considerado, pela crítica, um dos melhores álbuns do Iron Maiden, e eleito o disco do ano de 2006 pela revista Classic Rock. O primeiro single da banda foi a faixa-título.

Após comprar um avião, batizado de Ed Force One, especialmente para os shows, a banda lança em 2008 o disco “Somewhere Back In Time”, uma compilação dos principais sucessos do Iron e versões ao vivo de “Phantom Of The Opera” e “Iron Maiden”.
 

alguns discos do iron maiden:

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

historia do teclado

Os instrumentos de teclas, tais como o cravo, o órgão e o piano surgiram no século XIV, bem antes da criação dos teclados ou pianos digitais, como alguns dizem, os quais foram aparecer somente nos anos 60. Durante o século XX, os instrumentos de teclas já vinham ganhando avanços. Um exemplo disso foi a criação de instrumentos eletromecânicos, como o Ondes Martenot, além dos órgãos eletrônicos, os quais passaram a usar osciladores e divisores de freqüência para produzir formas de ondas. 

O teclado surgiu nos anos 60 por meio do trabalho de Robert Moog, fundador da Moog Music Inc. Os primeiros teclados eram comercialmente inacessíveis, já que custavam acima de U$10.000. Além disso, eram muito grandes (do tamanho de uma parede), possuíam inúmeros cabos e eram muito ruins no quesito afinação.

Hoje em dia, os teclados possuem fantásticos recursos, como o visor LCD, o que facilita bastante seu manuseio; uma gama enorme de sons e efeitos; sem contar o fato de poderem ser conectados aos computadores, permitindo uma grande possibilidade de exploração ainda maior dos sons.


a historia do baixo eletrico

Até os anos cinqüenta, sempre que um baixista arrumava um trabalho, era sempre o mesmo drama para carregar um gigante de madeira, desajeitado e pesado, até o local da gig. Se fosse em outra cidade, o risco que todos os músicos correm até hoje: o descaso dos funcionários do trem, ônibus, navio ou avião com o transporte da bagagem. Sobrevivendo à viagem, havia o problema do volume um tanto discreto do instrumento não microfonado – em se tratando de uma banda – execução e entonação, com sua longa escala sem trastos e cordas altas.Foi então que um homem mudou para sempre o mundo da música dando ao contrabaixo um status até então desconhecido. Leo Fender, um técnico em eletrônica de 42 anos do sul da Califórnia, lançou, no fim de 1951 o mais revolucionário instrumento musical do século XX. Inspirado na guitarra elétrica Telecaster, a primeira de corpo sólido com características contemporâneas, que ele colocara no mercado apenas um ano antes, Fender criou a guitarra baixo elétrica, ou simplesmente baixo elétrico. Batizando-o de Precision, já que os trastos em sua escala de 34 polegadas permitiam precisão nas notas, rapidamente tornou-se conhecido entre os músicos, passando a ser chamado por eles de Fender Bass, por algum tempo. O tamanho da escala, considerada ideal até hoje, foi escolhido após muitas pesquisas e testes de erro e acerto por Leo e seu companheiro, George Fullerton. As escalas de 30 polegadas não permitiam que a corda vibrasse o esperado para produzir um bom som e a de 36 polegadas dificultava o músico, pelo tamanho das casas.
Seu desenho era arrojado e totalmente diverso do contrabaixo tradicional, assim como das tentativas fracassadas feitas anteriormente por Ampeg, Gibson, Audiovox e Regal. Seu corpo em ash com dois recortes, para permitir o acesso às notas mais agudas, braço em maple fixado ao corpo por quatro parafusos, com tarraxas Kluson de um só lado da mão e um captador em Alnico (liga de alumínio, níquel e cobalto) com controles de volume e tonalidade. Ele era ligado a um amplificador desenhado especialmente por Fender para reproduzir as freqüencias mais baixas do instrumentos (Bassman Amp), lançado na mesma época. O baixo elétrico nasceu pronto, sem que fosse necessária nenhuma evolução, como aconteceria com a guitarra, o órgão, e até mesmo a bateria. Se você tivercuriosidade de comparar o Fender Precision 51 com um modelo atual, verá que as modificações feitas foram meramente cosméticas ou ocasionadas pelo natural desenvolvimento tecnológico, sem alterar a concepção inicial. Não houve, na verdade, um protótipo, mas um modelo perfeito e definitivo.
Convidado por Leo Fender a visitar sua fábrica e experimentar o Precision Bass, o baixista William "Monk" Montgomery (irmão do guitarrista virtuose Wes Montgomery) foi um dos primeiros a divulgar o novo instrumento pelos EUA e Europa.


historia da guitarra

O mais popular e versátil instrumento do mundo se originou a partir de um instrumento musical espanhol. A vihuela, como este instrumento era denominado, se originou por meio de dois outros instrumentos mais antigos ainda: o “ud”, com cinco cordas, muito popular no Oriente Médio; e a “cozba”, um instrumento musical romano. O violão ou guitarra clássica, surgiu na Itália, em 1970, e a guitarra elétrica foi uma modificação do próprio violão.

As guitarras elétricas surgiram em 1930. As mesmas geravam um som muito suave e baixo, bem diferente do que conhecemos atualmente. Para ampliar a potência sonora do instrumento, resolveram colocar captadores, que funcionavam como microfones. Isso gerou um pequeno problema, pois os mesmos faziam os bojos das guitarras vibrarem, provocando a famosa alteração sonora chamada “feedback”. Para solucionar esse problema, o famoso Les Paul inventou o corpo maciço da guitarra, o que deixou o instrumento na forma como conhecemos hoje em dia.

A empresa Rickenbacker começou a fabricar as primeiras guitarras em 1931. O primeiro modelo de guitarra elétrica a ser comercializado foi a “Electro Spanish”. Contudo, o principal responsável pela produção em massa e popularização do instrumento foi Leo Fender, criador da mais tradicional fabricante de guitarras que leva seu sobrenome. A Fender também desenvolveu a mais lendária das guitarra, na opinião de muitos: Fender Stratocaster.

A guitarra se popularizou após a segunda guerra mundial, nos anos 50 e 60, período em que ganhou enorme espaço no mundo da música. Hoje em dia, estima-se que existam cerca de 50 milhões de guitarristas em todo o mundo.


historia da bateria

O Princípio 
Os estudiosos consideram que a voz foi o primeiro instrumento musical surgido. Seguindo esse raciocínio poderemos considerar os instrumentos percussivos, os primeiros instrumentos criados pela humanidade, uma vez que, batendo seus bastões ou os próprios pés no chão ou em pedras e madeiras, os homens da Antigüidade já marcavam o ritmo para as danças e cerimônias religiosas e até se comunicavam por esse meio. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco (furado). Estes troncos eram cobertos nas bordas com a pele de algum réptil ou couro de peixe e eram percutidos com as mãos.
Os tambores mais antigos descobertos em escavações arqueológicas pertencem ao período Neolítico. Um tambor encontrado numa escavação da Moravia foi datado de 6000 anos antes de Cristo. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores (tocados tanto verticalmente quanto horizontalmente) datados de 3000 anos antes de Cristo. Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos Egípcios, de 4000 anos antes de Cristo. A diversidade de instrumentos percussivos é quase incontável: são bongôs, tímpanos, tamborins, pandeiros, congas, entre outros.
No começo dos anos 1900, bandas e orquestras tinham de dois a três percussionistas cada. Um tocava o bumbo, outro tocava a caixa e o outro tocava os blocos de madeira e fazia os efeitos sonoros. Mas com a invenção do pedal todas essas pessoas se tornaram desnecessárias.
O primeiro pedal prático foi inventado em 1910 por, Willian F. Ludwig, que criou o primeiro modelo de madeira e logo depois, com o aumento da procura, passou a desenvolver junto com seu cunhado, Robert Danly, o modelo do pedal em aço que foi vendido para milhares de bateristas e serviu de base para criação dos modelos mais avançados que temos hoje.
Outra invenção aparentemente simples que possibilitou o surgimento da bateria foi a estante para caixa, que antes os bateristas usavam cadeiras para apoiá-las ou dependurava nos ombros com uso de correias.
Uma vez que pedais e suportes para caixas práticos se tornaram disponíveis, um único baterista poderia executar o trabalho antes feito por três. E assim nasceu a bateria – ou “trap set” como foi chamada inicialmente.
Hoje, em evolução constante, a bateria recebe cada vez mais atenção de fábricas e engenheiros, que pesquisam junto aos bateristas para desenvolver o melhor modelo de cascos, baquetas, ferragens e pratos. As inúmeras fábricas crescem a cada dia no mundo e no Brasil e nós como admiradores desse instrumento devemos estar atualizados com essa evolução, buscando a cada dia conhecer mais o instrumento.
Constituição
Não existe um padrão exato sobre como deve ser montado o conjunto dos elementos de uma bateria, sendo que, o estilo musical é por muitos, indicado como uma das maiores influências perante o baterista no que respeita à disposição dos elementos, sendo que, a preferência pessoal do músico ou as suas condições financeiras ou logísticas.
A adição de tom-tons, vários pratos, pandeirolas, gongos, blocos de madeira, canecas, (pads) eletrônicos devidamente ligadas a samplers, ou qualquer outro acessório de percussão (ou não) podem também fazer parte de algumas baterias, de forma a serem produzidos diversos sons que se encontrem mais de acordo com o gosto pessoal dos músicos.
Alguns bateristas, tais como Neil Peart, Mike Portnoy ou Terry Bozzio, elaboraram conjuntos de bateria fora do normal, utilizando-se de diversos elementos, tais como roton-tons, gongos ou tom-tons afinados em correspondência com notas musicais, possibilitando ao baterista, para além da execução rítmica, contribuir melodicamente para a música. A década de 80 foi prolífica no surgimento destes conjuntos fora do normal, apreciados pelos amantes da bateria, um pouco por todo o mundo.
Hoje em dia, o aparecimento de novas técnicas e maneiras de encarar o instrumento, permite com que ele continue em evolução e exija cada vez mais dedicação por parte de seus praticantes.

chegada

oi meu nome é nairon, sou baterista há 5 anos e curto muito rock e bandas como beatles, led zeppelin, nirvana, iron maiden, guns ´n roses entre outras se vc tbm gosta participe lendo minhas postagens e enviando comentários.

biografia de aquiles priester

Nasci numa cidade chamada Otjo, na África do Sul, e morei lá até os cinco anos de idade. Foi aos quatro anos quando, pela primeira vez na minha vida, vi uma bateria em um programa de televisão, no qual o baterista tocava Jazz. Esse foi meu primeiro contato com o instrumento e também, por muitos anos, o único. Depois de algum tempo, mais precisamente em 1977, cheguei ao Brasil, em Foz do Iguaçu, cidade onde me apaixonei pelo futebol, e logo comecei a jogar profissionalmente pela seleção da cidade. Por muito tempo tive a certeza de que seria um grande jogador, mas em 1985, com a realização do primeiro Rock In Rio, as coisas começaram a tomar uma outra dimensão, e aquele baterista que eu vi na TV aos quatro anos de idade começava a ter um sentido maior para mim. Durante todo o festival, montei uma bateria de latas, potes de sorvete, galões de gasolina, e comecei a batucar no fundo da minha casa. Um ano depois, com alguns amigos da escola, comecei a dublar o Ultraje a Rigor, o que mudou a minha vida, pois a partir daí eu só ficava sonhando em um dia conseguir ser um grande baterista, até que consegui a minha primeira bateria: era formada por uma caixa e um tom (que peguei emprestado da fanfarra da minha escola e nunca mais devolvi!), um bumbo, um chimbal e um prato que era pendurado no teto, porque eu não tinha pedestal.
Quase toda semana íamos dublar o Ultraje em um programa de televisão de uma recém inaugurada emissora da cidade, e em um desses programas, uma banda de baile chamada Tropical Band me viu tocando, ou melhor, dublando, mas seus integrantes acharam que eu levava jeito para a coisa. Então foram até a emissora e convidaram-me para tocar com eles. Na mesma noite, fui ao bar imaginando que eles me ensinariam as músicas e tudo mais... Mas eu estava muito, muito enganado. Chegando lá, nós jantamos e conversamos um pouco e, logo em seguida, com o bar já bem cheio, disseram-me: “Vamos lá ‘Menudo’, vamos tocar.” Eu me sentei naquela bateria e falei: “Como vou tocar se nunca toquei com uma bateria completa, e muito menos com esses caras?” Com muito esforço, foi assim que comecei minha vida profissional na bateria. Todas as noites eu tocava e, no dia seguinte, às 7h da manhã já estava acordando para ir à escola. Foi um ano muito difícil, mas ao mesmo tempo muito proveitoso para meu desenvolvimento profissional.
A primeira banda da qual participei com a minha “gigantesca” bateria foi a Stylo Livre, em 1987, e novamente a história repetiu-se: os integrantes da banda viram-me tocando com a Tropical Band e gostaram da minha atuação. Uma semana após terem me visto, convidaram-me para tocar com eles. Naquela época tudo era muito novo, e o fato de sermos a primeira banda de rock da cidade abriu diversas portas e nos deu chances que hoje em dia uma banda iniciante não teria. Aparecíamos em diversos programas de TV e rádio, e também em revistas e jornais. Nesse período, um fato fundamental para o meu direcionamento musical foi ter escutado a música Caught Somewhere in Time, do Iron Maiden, em uma rádio local e, logo após isso, comecei a conhecer toda a discografia dessa banda, a qual foi uma grande influência por muitos e muitos anos.
Todos nós da Stylo Livre acreditávamos no futuro da banda, tanto que o baixista, empolgado, comprou uma bateria e finalmente eu pude tocar em um instrumento de verdade. Tudo era um sonho, até que um dia fiquei sabendo que minha família se mudaria para Porto Alegre, e eu não teria como ficar em Foz do Iguaçu. Lutei até o último dia pra ficar, mas realmente isso era impossível, pois eu só tinha dezessete anos, e tinha muito o que fazer na vida. Então fui para Porto Alegre e, logo que cheguei lá, fiquei bastante empolgado, pois havia um movimento de bandas locais que começavam a tomar espaço no meio musical do país, e achei que isso poderia facilitar a minha caminhada rumo ao sucesso. No entanto, foi bem pior do que imaginei, porque eu não conseguia entrar em nenhuma banda da cidade e também não conseguia vaga em nenhuma escola onde pudesse fazer novos amigos e conhecer gente do meio. Finalmente, depois de um tempo, voltei a estudar e um cara me convidou para tocar em sua banda, pois me via “batucando” na classe e imaginou que eu fosse um baterista. A banda era a Nômades de KZAK. Fizemos alguns shows, mas as diferenças musicais não demoraram a aparecer e logo deixei a banda.
No início de 1989 comecei a deixar anúncios oferecendo-me como baterista em vários estúdios. Certo dia procuraram-me, e dessa vez o nome da banda era Lucas Scariotys. Essa banda já se aproximava mais do que eu queria fazer: um som pesado e sem regras. Fiquei quase dois anos na banda e fizemos muitos shows, mas também começamos a encontrar algumas divergências sobre o que pensávamos a respeito do futuro da banda. Eu sempre quis trabalhar com música e tentar viver somente dela, mesmo tendo sempre trabalhado em outras áreas paralelamente às bandas nas quais toquei. Infelizmente comecei a perceber que não era tão fácil encontrar as pessoas certas para se ter uma banda e, novamente, saí do grupo. Isso aconteceu, de fato, após assistirmos ao filme do The Doors, pois toda a banda achou que deveríamos ter aquele tipo de comportamento sem compromisso algum e, a partir daí, tratei de cair fora e procurar outra banda. Isso só fez com que eu detestasse ainda mais os The Doors...
Já era junho de 1991 e lá estava eu, de novo, de olho nos classificados do jornal até, finalmente, achar uma banda de heavy metal: era a Spartacus. A minha única dúvida era saber se eu realmente teria condições técnicas pra tocar nela, que já era uma banda famosa e respeitada em Porto Alegre. Eu tinha acabado de fazer vinte anos e estava acreditando, mais do que nunca, que o meu futuro seria como baterista, e lá fui eu para os testes até conseguir a vaga. Fiquei muito feliz, pois tinha entrado em uma banda que era cultuada por todos os músicos da cidade. Ensaiávamos bastante e começamos a fazer alguns shows para mostrar a nova formação, que estava bem afiada. No mesmo ano, gravamos uma nova demo tape e partimos para a maior empreitada da banda com a nova formação: um show com mais três bandas em um auditório para cinco mil pessoas. Para a nossa surpresa, a procura pelos ingressos foi tão inexpressiva que cancelaram o show e, com isso, toda a nossa união e desejo de continuar tocando juntos foram embora. A formação da banda era excelente, mas havia alguma coisa que me dizia que ainda não havia chegado a hora. Nessa mesma época, paralelamente à Spartacus, eu participei da minha primeira banda cover, a Raro Efeito, que mais tarde teve a participação do vocalista que havia tocado comigo na Spartacus. A banda durou quase dois anos, e a falta de shows acabou gerando o seu fim.
O ano seguinte, 1992, foi fundamental e decisivo para a minha carreira. Entrei em uma banda chamada Ecos do Silêncio, que era formada por pessoas bem mais jovens que eu e, por isso, não tinham o menor comprometimento em querer levar a banda à sério. Na verdade eles só queriam participar de alguns festivais de colégio. Minha passagem pela banda foi meteórica e também sem o menor comprometimento, pois estava apenas na banda para não perder a prática. Foi também nesse ano que, finalmente, pude assistir ao show do Iron Maiden em Porto Alegre e, “grudado” na grade, vi aquilo como se fosse a minha banda, como se fosse uma premonição. Eu precisava continuar. Não podia desistir.
No dia seguinte tive uma conversa séria com a minha Irmã e pedi para que ela me financiasse uma bateria importada. No mês seguinte, após encher muito saco, eu consegui a minha primeira bateria importada, e com a missão de arrumar uma nova banda cover para pagar a minha dívida. Até que surgiu a banda Hora H, com a qual fazia muitos shows e viajava o estado do Rio Grande do Sul inteiro. Pela primeira vez na vida, comecei a ganhar dinheiro com música, mas isso não era tudo, pois eu ainda não tinha uma banda fazendo música própria, o que começou a me incomodar muito. Então passei a procurar uma nova banda sem deixar a Hora H, e assim conheci a banda na qual mais acreditei até então: a Pistys Sophia. Essa banda tinha um grande potencial, e muito mais que isso: tinha estilo e músicos muito mais experientes que eu (a banda contava com Ivan Zukauskas, da extinta Astaroth), e foi nessa época que senti a necessidade de começar a tocar com pedal duplo. A musicalidade da banda era tanta que, anos mais tarde, o Hangar gravaria, no disco Inside Your Soul, uma nova roupagem da música Legions (que você pode ouvir acima a versão demo da Pistys Sophia), e que foi batizada Savior. Estava tudo indo muito bem, a MTV Brasil tinha um espaço bom para o metal nacional e toda a cena estava fervilhando em busca de novas bandas e novas promessas. Até que, em meio a tantas promessas, a banda acabou pressionada para aproveitar o momento, e começaram as famosas brigas internas. Fui o alvo principal, pois ainda não tocava bem com o pedal duplo e o pessoal reclamava que eu não conseguia manter os andamentos e não tinha a pegada necessária para a banda (que ironia, hein?). Saí decidido a somente estudar bateria e continuar tocando em bandas cover para ganhar algum dinheiro.
Após sete anos tocando, fui ter aulas de bateria para merecer o instrumento que havia comprado. Entrei de cabeça no estudo com vinte e um anos e tentei recuperar todo o tempo que havia perdido. Primeiro estudei com o Mimo Aires, depois com o Thabba e, finalmente, com o Kiko Freitas. Tenho uma enorme gratidão por esses três profissionais que, além de me ensinarem a parte técnica, também me ensinaram a ser profissional. Eles me prepararam para o mercado, e esse conhecimento está comigo até hoje. Eu tinha uma aula por semana à noite; nas outras noites ficava estudando desesperadamente em uma bateria de estudo no meu quarto. Outra coisa que me ajudou muito foi o seguinte: quando o meu chefe viajava, eu ficava sozinho no escritório, pois era uma espécie de “office boy” e “faz tudo”, e a saída dele possibilitava que eu praticasse o dia inteiro em um pad de borracha, o que também fazia boa parte da noite. Estudava em torno de doze a quatorze horas por dia. Dois anos depois, já bem melhor tecnicamente, perdi meu emprego e passei pelos piores oito meses da minha vida. Havia deixado as bandas cover para ter mais tempo para estudar e fiquei meio fora do mercado. Quando precisei voltar, já não tinha mais os contatos, e muito menos um emprego. Segui estudando muito, pois tinha o dia inteiro livre e precisava aproveitar. Eu tinha todo o tempo do mundo, mas motivação não, pois estava sem banda e sem dinheiro.
Já era 1994 quando fui convidado para tocar em uma banda instrumental chamada Infra Blue, e foi tentando tocar essas músicas que conheci um baterista chamado Deen Castronovo, o qual mudou minha maneira de ver a bateria. Fui atrás de todos os discos que ele tocava e da sua vídeo-aula, e aos poucos comecei entender os grooves e frases que ele fazia. Como as demais bandas nas quais toquei, a Infra Blue não durou muito, mas em compensação havia conhecido o baterista com quem mais tinha me identificado, então só por isso já tinha valido a pena. Paralelamente a essa banda, fomos convidados (eu e mais os outros integrantes do Infra Blue) a integrar o Apocalipse Now, que fazia um som na linha do rock’n roll básico, e que tinha o intuito de ser uma banda comercial com grandes contatos em gravadoras multinacionais e no meio musical, de uma maneira geral; no entanto, nada disso aconteceu e acabamos os três deixando a banda de uma só vez. Nunca mais voltamos a tocar juntos.
No início de 1995, decidi que não poderia mais ficar sem um emprego, pois já estava com vinte e quatro anos e nada tinha acontecido na minha vida musical. A cada semana que passava, eu ficava mais desesperado por não conseguir nenhum emprego, e isso estava afetando toda a minha fé em conseguir alguma coisa séria e realmente grande com a música. Desisti... Prometi para mim mesmo que a música seria apenas um hobby e que, a partir daquele momento, eu conseguiria um emprego normal e me dedicaria muito a esse trabalho. Procurei muito, e após várias entrevistas e testes consegui um emprego em uma multinacional em outubro do mesmo ano. Fiquei muito feliz, mas ainda faltava alguma coisa e eu sabia exatamente o que era.
Foi em novembro de 1997 que formei o Hangar, Começamos tocando covers de heavy metal antes de montar um repertório próprio. Por eu estar empregado, ensaiávamos todos os finais de semana em torno de oito a dez horas por dia, pois a banda tinha um direcionamento incrível e todos estavam muito engajados, sabiam que investir aquele tempo era necessário. A carreira da banda em Porto Alegre foi fulminante e, com menos de um ano de existência (por ironia do destino), fomos convidados para abrir o show do Angra, banda que, no mesmo palco, há dois anos atrás, me motivara a montar o Hangar. Esse show de abertura para o Angra tinha alguns pontos interessantes que devo destacar: A nossa banda era um tanto novata no cenário, e começamos a ouvir alguns boatos de que o promotor do show estava tentando falar conosco para fazer a abertura, mas não tinha nenhum contato. Como a data do show se aproximava e nada se confirmava, peguei meu carro e fui até a loja do cara. Quando parei no primeiro semáforo vi, no carro que estava na minha frente, dois adesivos: Hangar Lavagem e Angra Veículos... A partir dali eu sabia que era só questão de tempo para dividirmos o palco com o maior representante do metal melódico do Brasil no mundo! O show aconteceu e até hoje me lembro de cada detalhe que antecedia a nossa apresentação... Mas eu mal sabia o que o destino me reservava... Esse show foi definitivamente o ponto alto da trajetória do Hangar até então, e em seguida começamos a gravar nosso primeiro álbum chamado Last Time, que foi lançado em maio de 1999.

O CD foi muito bem recebido pela crítica especializada e, em seguida, a banda alcançou projeção nacional. Durante os shows de divulgação do Last Time, começaram a aparecer as primeiras oportunidades para eu tocar com outros artistas. O primeira delas surgiu por parte do Tritone, projeto Instrumental composto por Edu Ardanuy (DR. Sin), Frank Solari (Solo) e Sérgio Buss (Solo/Steve Vai); acompanhei esse trio de guitar heroes nos shows de lançamento do CD Just for Fun and Maybe Some Money, que foi gravado com bateria eletrônica.
Em outubro do mesmo ano, o Hangar tocou em São Paulo no legendário Black Jack Rock Bar, e foi após esse show que surgiu o convite para que eu gravasse, junto com outros brasileiros, um disco do Paul Di’Anno (ex-Iron Maiden). Comecei a perceber que meus sonhos estavam tornando-se realidade, pois ia gravar um CD com o primeiro vocalista da banda que tinha sido a minha maior influência desde que eu havia começado a tocar. O CD Nomad foi gravado em São Paulo, em 2000, e logo a banda saiu em turnê pelo país, quando percebi que outras pessoas já conheciam o meu trabalho junto ao Hangar. Lembro-me que no primeiro ensaio da tour, quando o Felipe começou a tocar Remember Tomorrow (foi nessa época que conheci Felipe Andreoli, que mais tarde tocaria comigo no Angra), não acreditei que aquilo pudesse estar acontecendo, eu ensaiando para a minha primeira tour pelo Brasil junto com o Paul Di’Anno...! Muitas coisas estavam acontecendo depois de um período tão conturbado, e isso fez com que eu acreditasse que meu trabalho começava a ser reconhecido. Em seguida foi agendada uma turnê pelos EUA, e isso tinha deixado toda a banda muito excitada: a primeira e tão sonhada tour fora do Brasil. Nessa época eu já estava morando em São Paulo, pois tinha sido transferido pela empresa onde trabalhava, e meu chefe (o cara era muito gente fina) tinha arrumado um jeito para eu fazer toda a tour. Eu já estava acreditando que alguma coisa muito boa estava por acontecer, principalmente porque tocar na banda Di’Anno estava trazendo uma repercussão excelente para o Hangar.
Foi em setembro de 2000 que começaram os primeiros contatos com o Angra, pois eu estava na Feira da Música em São Paulo e o Edu Ardanuy (Dr. Sin/Tritone) me apresentou para o Kiko Loureiro, o qual conversou um pouco comigo e percebeu que havia uma certa afinidade para trabalharmos juntos. Como a turnê do Paul Di’Anno tinha sido cancelada devido a problemas com o visto dele, o Kiko me convidou para fazer um teste. Entretanto, eu tinha um problema grave: a minha bateria ainda estava em Porto Alegre devido a alguns compromissos do Hangar, e em hipótese alguma eu aceitava fazer o teste em uma bateria que não fosse a minha. O Hangar tinha agendado um show, em novembro, novamente no Black Jack, em São Paulo, e eu falei para o Kiko que após o show eu poderia fazer o teste, foi quando ele e o Rafael disseram que já estavam testando outros bateristas e que, caso achassem algum interessante, eu perderia a chance. Na hora eu falei para eles: “Façam o teste com quem vocês quiserem, mas não decidam nada antes de me verem tocando.” Mais tarde eles me disseram que essa confiança e segurança que eu tinha passado foram decisivas para que eles esperassem para me ver tocando ao vivo. No dia do show do Hangar no Black Jack, lá estavam eles, e eu super nervoso, pois sabia que a aprovação dependeria da minha atuação naquela noite, e para piorar ainda mais, o bar estava meio vazio, o que facilitava para eles prestarem mais atenção ainda. Logo após o show, conversamos rapidamente, pois todas as pessoas que estavam no bar já tinham notado a presença deles, então tentamos ser os mais discretos possíveis para não gerarmos fofocas. O meu teste foi fazer o arranjo de uma música nova: Running Alone. Eu ainda estava trabalhando na multinacional e passei dois dias ouvindo o CD só com as guitarras e com o metrônomo. Ficava imaginando as levadas que poderiam se encaixar naquela música. Quando cheguei para o teste, pedi alguns minutos para experimentar algumas coisas, e depois chamei os dois para o teste definitivo. Logo na primeira passada pela música, percebi que eles gostaram. Permanecemos tocando por mais um tempo, e isso fez desse dia o mais feliz da minha vida. Ficamos mais alguns dias arranjando outras músicas e, informalmente, recebi o convite para ser o novo baterista do Angra, a banda que me inspirou a montar o Hangar e fez renascer em mim a vontade e o desejo de ser músico novamente.
Com o Angra, já gravei os discos Rebirth (2001), Hunters and Prey (2002), Live in São Paulo (2003), Temple of Shadows (2004) e Aurora Consurgens (2006). Em 2004, ainda tive tempo de lançar meu primeiro DVD instrucional intitulado Inside my Drums, logo após percorrer o país durante 2003, 2004 e 2005 fazendo mais de cem workshops. Em 2007 lancei meu primeiro livro instrucional para o desenvolvimento dos dois bumbos, chamado Inside my Psychobook. Nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, fui eleito o melhor baterista de heavy metal pelas principais revistas e web sites especializadas no Brasil. No Japão, em 2002, pela revista Burrn! Magazine fiquei em décimo quinto lugar; em 2004, em quarto lugar; em 2005, em nono (sem disco lançado); em 2006, em sexto e em 2007 novamente em sexto lugar no ranking dos trinta melhores bateristas do mundo. Nessas votações, estavam muitos dos meus ídolos. Nada mal para quem tinha o sonho de se tornar um baterista profissional! Mas o ano de 2006 reservava muito mais...
Logo em janeiro, a Mapex confirmou minha participação no Festival Drummer Live, em Londres, e em fevereiro fiz meus primeiros workshops fora do Brasil. Foram cinco apresentações, passando por Colômbia, Portugal e Espanha. Em Bogotá, na Colômbia, me apresentei para quase mil e duzentas pessoas, recorde absoluto dos meus workshops até hoje. Em março, resolvi cair na estrada pra valer: fiz minha primeira turnê de workshops pelo Nordeste com toda a infra-estrutura que costumo utilizar. Foram sete datas em treze dias, em um total de 8.500km rodados, chegando a ficar na estrada por quase vinte horas para cumprir a agenda. No mês seguinte, o sucesso dos workshops pela América do Sul confirmaram-se com mais quatro datas no continente: três no Chile e uma no Peru. A partir de maio, comecei a me concentrar nas composições do novo disco do Angra, Aurora Consurgens, as quais aconteceram no mês seguinte, na Alemanha. Antes disso, ainda em junho, o Angra apresentou-se no festival italiano Gods Of Metal ao lado de Guns ‘N’ Roses, Def Leppard, Whitesnake, Gamma Ray, Helloween e etc. Uma grande marca foi atingida em julho, com o lançamento do kit signature Aquiles Priester pela Mapex. Essa foi a primeira vez, na história da música no Brasil, que um brasileiro tem um kit signature lançado por uma empresa multinacional e de alcance mundial. E enquanto novos workshops aconteciam pelo Brasil, logo no mês seguinte a distribuidora local da Mapex batia um novo recorde de vendas da marca no país.
Como o show não pode parar nunca, enquanto os demais músicos do Angra gravavam suas partes para o novo disco, saía o primeiro trabalho da banda Freakeys, formada por mim, Felipe Andreoli, Fábio Laguna e o guitarrista do Hangar, Eduardo Martinez, e que traz uma abordagem musical completamente diferente de tudo o que já lancei com o Angra e Hangar. Por falar em Hangar, nesse mês também começaram as gravações do novo disco da banda. Na Expomusic 2006, realizada em setembro, aconteceram as primeiras apresentações ao vivo do Freakeys, que tiveram sucesso total, além de ter ocorrido a apresentação o novo vocalista do Hangar, Nando Fernandes, em três apresentações durante a Feira da Música. Foi também em setembro que aconteceu o Drummer Live, em Londres, no qual acabei realizando o sonho de uma vida ao conhecer pessoalmente e tocar com ninguém menos que Nicko McBrain. No mês seguinte, o Aurora Consurgens foi lançado e o Angra iniciou sua nova turnê mundial, participando do Festival Loud Park, no Japão, ao lado de bandas como Slayer, Megadeth, Anthrax e Dio, entre outras. Falando em Japão, realizamos a turnê do Aurora Consurgens junto com o Blind Guardian, tocando por sete cidades e, aproveitando a passagem do Angra pela Ásia, a Mapex e a Paiste também confirmaram meus primeiros workshops no Japão e na China para fevereiro de 2007. Em março desse ano, participei da maior feira musical do mundo, a Frankfurt Musik Messe, na Alemanha, onde realizei dois workshops no estande da Paiste.
Além dessa agenda apertadíssima no início de 2007, logo depois de terminar a turnê do Angra pela Europa era hora de me concentrar na mixagem do novo disco do Hangar, The Reason of your Conviction. O disco teve seu processo de composição iniciado em janeiro de 2004, e a primeira demo só foi gravada no início de 2005, quando o Angra embarcou para a turnê européia de divulgação do disco Temple of Shadows. As gravações do The Reason of your Conviction iniciaram-se somente em julho de 2006, logo após a confirmação do novo vocalista da banda, Nando Fernandes, depois de quase um ano de procura pelo substituto de Michael Polchowicz, o qual saiu do Hangar no final de 2005 devido ao novo direcionamento da banda, surgido naturalmente no processo de composição desse disco, que é um marco na minha carreira, e digo mais: tudo o que eu gostaria de expressar na minha carreira como músico e compositor está nesse trabalho. É a primeira vez que trabalhei em todas as letras de um disco que é conceitual, além de ter feito todas as melodias vocais junto do meu inseparável parceiro Fábio Laguna. Maturidade é a palavra de ordem da banda nesse ano, e agora vamos para o campo de batalha mostrar nosso novo disco e novo show. Após quase três anos sem nos apresentarmos ao vivo em turnês, chegou a hora do Hangar mostrar o potencial das novas músicas e também da nova banda ao vivo, que está totalmente revigorada e pronta para realizar um dos projetos mais audaciosos do heavy metal no Brasil. Quem for aos shows poderá comprovar isso...
Hoje olho para trás e vejo que por mais duro que tenha sido o caminho que percorri para chegar onde estou, sempre tive perseverança para acreditar que quem realmente sonha e faz por merecer, consegue. Sou uma pessoa comum que tinha um sonho e correu atrás para realizá-lo, e por mais difícil e ardorosa que tenha sido essa jornada, no fundo eu sempre soube que esse era o meu destino: ser músico. Em todos esses anos, sempre existiram muitas superstições e outras coisas que me fizeram acreditar que esse era o caminho. No meio disso tudo sempre tive comigo um provérbio chinês que diz o seguinte: “Onde há uma vontade, há um caminho”.
Se você tem uma vontade, você pode fazer o seu caminho...
Aquiles Priester

Discografia
• Hangar - Last Time was Just the Beginning - 2008
• Hangar - The Reason of your Convictiom - 2007
• Serj - Liquid Piece of Me - 2007
• Angra - Aurora Consurgens - 2006
• Angra - The Curse of Nature - (Single) 2006
• Freakeys - Freakeys - 2006
• Angra - Temple of Shadows - 2004
• Angra - Rebirth Live in SP - 2002
• Angra - Hunters and Prey - 2002
• Angra - Rebirth - 2001
• Angra - Acid Rain - (Demo Single) 2001
• Hangar - Inside Your Soul - 2001
• Hangar - Hamlet Project - 2001
• Di'Anno - Nomad - 2000
• Hangar - Last Time - 1999
DVD
• Hangar - Last Time was Just the Beginning - 2008
• Aquiles Priester - Inside my Drums - 2004
• Angra - Rebirth Live in SP - 2002